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O projeto de lei de reconciliação orçamentária

julho 14, 2025

No Ascentria, estamos alarmados e tristes com a aprovação do projeto de lei de reconciliação orçamentária. Como uma organização dedicada a caminhar ao lado de indivíduos e famílias em situações vulneráveis, não podemos ignorar o profundo dano que essa legislação provavelmente causará.

Pelo que sabemos agora, esse projeto de lei ameaça desfazer décadas de progresso em saúde pública, segurança alimentar e inclusão de imigrantes. A possibilidade de milhões de pessoas perderem a cobertura de saúde não é apenas uma estatística de política, é uma questão de vida ou morte para aqueles que lidam com doenças crônicas, procuram atendimento pré-natal ou acessam serviços de saúde mental. Quando hospitais em comunidades rurais fecham, não se trata de um inconveniente, mas de uma emergência sem resposta próxima. E quando a assistência alimentar é cortada, não se trata de apertar o cinto, mas sim de crianças que vão para a escola com fome e idosos que pulam refeições para poder comprar medicamentos.

Esse projeto de lei envia uma mensagem assustadora às comunidades de imigrantes; comunidades que há muito tempo contribuem para a estrutura e a força da Nova Inglaterra e da nação. Ele penaliza os estados por fazerem escolhas políticas humanas e inclusivas. Ele aumenta ainda mais a distância entre as pessoas e os sistemas criados para proteger sua saúde e dignidade.

Entendemos que a responsabilidade fiscal é uma meta necessária, mas esse projeto de lei acrescenta trilhões à nossa dívida nacional e vem à custa de vidas humanas e do bem-estar da comunidade. Os orçamentos são documentos morais e este, da forma como foi aprovado, não reflete os valores que acreditamos que devem guiar nossa nação: compaixão, coragem, integridade e compromisso com a prosperidade compartilhada.

A Ascentria sempre esteve ao lado daqueles que, com muita frequência, são ignorados por políticas gerais. Continuaremos a fazer isso agora. Pedimos aos legisladores que reconsiderem e realinhem essa legislação com o princípio fundamental de que todas as pessoas, independentemente de sua origem, renda ou status de imigração, merecem acesso a cuidados, oportunidades e respeito.

Pedimos aos membros da nossa comunidade, parceiros sem fins lucrativos e autoridades eleitas que não apenas prestem atenção, mas que ajam. Porque as consequências dessa legislação não são abstratas. Elas serão medidas em visitas ao pronto-socorro, em despensas vazias, no medo das famílias que não se sentem mais seguras ou vistas. E elas serão sentidas primeiro, e com mais força, por aqueles que já carregam os fardos mais pesados.

Agora é hora de todos nós mostrarmos que tipo de país queremos ser. Um país que protege seus mais vulneráveis ou um país que se afasta quando a ajuda é mais necessária.

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